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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Escola de Felipe Guerra ganha prêmio com projeto de hortas


A Escola Estadual Antônio Francisco, de Felipe Guerra é a vencedora do prêmio Construindo o Futuro 2010/2011 do Instituto Cidadania Brasil CNI/FIERN/SESI, com o projeto "Horta Viva". Ela concorreu com outras 28 escolas do Rio Grande do Norte, no segmento do ensino médio.

O instituto oferece o prêmio, em quatro categorias: ensino médio, fundamental, infantil e Escola de Jovens e Adultos – EJA. O objetivo é incentivar as escolas a desenvolverem projetos de cidadania destinados aos estudantes.

A premiação acontecerá em março de 2011. Além da Escola Estadual Antônio Francisco, de Felipe Guerra, também serão premiados projetos das Escolas Estaduais de Mossoró, Abel Coelho Freire, que ficou em segundo lugar na categoria Ensino Médio, e Lavoisier Maia que vai receber uma condecoração especial.

O projeto foi destaque no jornal De Fato, edição de 12 de dezembro:

Um resgate da cidadania associado a uma aula constante de consciência ambiental. É o que proporciona o Projeto Horta Viva, na Escola Estadual Antônio Francisco, no município de Felipe Guerra, através do qual os 600 alunos, com orientação dos professores, produzem todas as hortaliças usadas pelas cozinheiras na merenda.

A idéia inicial não era limpar um terreno baldio que havia por trás da escola. A professora Leodete Pascoal teve a idéia de, além de limpar o mato e retirar lixo, plantar hortas no local. "A solicitação foi feita à diretora da escola, Maria das Neves Leite, no mês de abril de 2009, e no mesmo dia o muro foi derrubado para a máquina entrar e fazer a limpeza", diz Leodete.

A professora conseguiu de imediato o apoio dos colegas Antônio Jair de Oliveira Menezes, Raildo de Sousa Góis e Carla Adriana Sales. "Encontramos ali uma oportunidade de mostrar um ótimo exemplo de preservação do meio ambiente, criar um cenário para aulas práticas de biologia e ainda ter hortaliças orgânicas para incrementar na merenda", diz Adriana Sales."Terminou sendo muito mais", acrescenta a professora Leodete Pascoal, que, em comum acordo com os demais professores, convidaram os alunos para também participar. Vários se envolveram principalmente na manutenção das hortas de tomate, coentro, cebola, pimentão, alface, beterraba, repolho, mamão, maracujá e no próximo ano terá banana também.

Os professores lembram que no início não havia recursos e fizeram trunfas para vender na rua e arrecadar o dinheiro que precisava para comprar sementes, canos, baldes e regadores. "Foi uma mobilização muito bonita, com os alunos empolgados vendo os canteiros sendo construídos e o coentro nascendo, crescendo", destaca a professora Carla Adriana.

O estudante Alefe Caetano conta que participa do projeto Horta Viva com muito gosto, pois além de melhorar a merenda está na verdade lhe ensinando uma profissão. Diz que se orgulha do que faz principalmente da colheita. "Aqui são todos produtos de nosso suor", diz o estudante mostrando a cenoura e os pimentões colhidos nas hortas da escola.

"Com o envolvimento direto dos alunos, passamos a aplicar aulas de cidadania, de trabalho em comunidade, os primeiros passos de um cidadão. Construímos uma cisterna, instalamos os canos para facilitar a irrigação das plantas", conta o professor Jair Menezes. Com um mês da instalação das hortas, já havia coentro e cebolinha na merenda.

Com três meses de implantação já havia beterraba, cenoura, couve, alface e, na merenda, o que era um lance se transformou refeições à base de saladas de verduras. "A meninada adorou a mudança de gosto da merenda, que era meio insossa. Limpam os pratos", diz a merendeira Vilanir dos Santos Leite. O estudante Lucas Adriele Júnior confirma o que diz a merendeira. "Agora a gente não deixa mais jogar lixo aí (área das hortas). A gente ajuda a cuidar da horta", diz Lucas da janela da sala de aula sendo puxado pela professora.

Hortaliças são produzidas sem agrotóxicos

Houve dificuldades para começar a produção das hortaliças. Pragas atacaram principalmente o tomate. A solução agro-ecológica foi alcançada pelos próprios alunos, com auxílio dos extencionistas do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER) do município.Segundo a professora Leodete Pascoal, os técnicos da Emater ensinaram os alunos e os professores a prepararem misturas com ervas para fazer defensivos naturais. "A gente combate as pragas com molho de "nim" e alguns tipos de insetos com molho de pimenta", diz a professora.

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